Quando vi esse quadro pela primeira vez, há muitos anos, de cara me encantei com a sacação filosófica do seu autor. Nunca o esqueci, fiz uma cópia xerox e a deixei guardada em alguma pasta que vez ou outra me reaparecia. A sacação nunca perdeu o seu encanto. Pois então? Tendemos a pressupor que vemos a mesma coisa que o chapa ali ao lado e, tantas vezes, que o mundo inteiro! Mas nem sempre é bem assim. Recentemente me caiu nas mãos, ops, no email, uma historinha zen que nos conta algo parecido. (Reproduzo lá embaixo)*
Certa feita, quando já era possível compartilhar achados por vias mais democráticas, quis publicar o instigante quadro online, mas não houve santo que me fizesse lembrar o nome do autor. Jogando as coisas de 2008 fora, achei um caderno com anotações e nele, entre outras coisas, um desenho tosco de minha autoria com a silhueta do pai, da mãe e do filho. Não havia nada desenhado dentro deles. Era só para que eu ligasse o nome (o quadro) à pessoa (o autor), ou vice-versa. Ou para que eu sempre tivesse em mente que embora a nossa tendência seja projetarmos o que somos no outro ("Os quatro compromissos"!, Freud, etc), bem, devagar com o andor, a história se passa de modos diversos. Eram os idos de 2000. E, ufa, encontrei o nome do autor: Ehard Jacoby!
O Google não é muito pródigo em resultados para Ehard Jacoby.
Mas eis, aqui está. A obra que diz um pouco do que desejo para todos nós em 2009: multiplicidade de visões, consciência do outro, sacações filosóficas, amor e paz.
=============================================
*E para quem quiser ler a historinha zen "Como os peixes se divertem na água", aí vai:
Certo dia Soshi caminhava à margem de um rio com um amigo. "Como os peixes se divertem na água!", exclamou Soshi.
Seu amigo assim lhe respondeu: "Você não é peixe; como sabe que os peixes estão se divertindo?"
"Pois você não é eu", replicou Soshi. "Como sabe que eu não sei que os peixes estão se divertindo?"
No comments:
Post a Comment