Ando burilando um certa exuberância intermitente, que além de cair bem, me coloca a par do barulho que a chuva grossa faz na mata.
Por ser inconstante, a exuberância, vem em surtos e sem cerimônia instala-se; não tarda os surtos ficam espaçosos, despreguiçosos alongam-se no bote da canícula do verão; assim me tomam por inteira. Peço perdão, ando womanly ultimamente. Os sonhos têm dito assim. Resisto à reforma ortográfica. Nunca vai haver Maicosuéis, Suelens, Tins, Tons e Tais em terras lusófonas?
Os outros - uns gostam, embarcam; outros nem tanto e há ainda aqueles que se espantam. Como eles sou eu, sendo múltlipa até o talo, o gigantismo faz a festa e se multiplica.
Ah, isso então. Me vejo em tudo; estou, nesses momentos, em tudo. Sou tudo. Baita bom.
Disso tudo, sem em nada desprezar o sumo, porém indescritível, cuspo alguns caroços. Um foi sonho: quatros moças prenhas encontram-se em um ponto cardinal de suas barrigas. Cada uma debulha-se em um aspecto de estar prenha. Naturais, possíveis, adoráveis, o quatrilho são aspectos meus? É espelho? É o mundo se renovando? Baita bom.
Outro caroço de fruta. O mar está de um azul produndo, encarneirado por causa do vento forte nesse julho de 2009. Revolto em si mesmo engendra uma multidão de ondinhas brancas que, desafiando a gravidade, buscam as alturas como pirâmides azuis escuras. Nada disso impede, porém, que a onda mais bojuda busque se agigantar e irrompa em direção às franjas de São Conrado rasgando o espaço em fenômeno de interseção de vários elementos. Suas cristas luminescentes e aquosas permitem que o vento as empurre para trás, bem como que o sol do meio-dia ali imiscua-se, iniciando (aonde mesmo?) um arco-íris, que persegue as gotas que o vento carrega na direção contrária. De tirar o fôlego. Baita bom.
Peço perdão, ando womanly ultimamente.
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Vídeo no YT: Time lapse in Rio de Janeiro
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