" Sobre o acidente, ele conta:
-Tinha 19 anos e estava há oito dias no Exército. Um soldado antigo pegou uma metralhadora que pensou estar descarregada e apertou o gatilho. Por sorte, deu apenas um disparo, mas o escolhido pela bala fui eu. No hospital, disseram que teriam que amputar meu braço. Por um milagre, estava lá um médico chileno que tinha vindo para um congresso sobre tendões de náilon. Ele pediu para me operar e implantou tendões de náilon do cotovelo para baixo. Quase três anos depois, tirei o gesso, sentei ao piano e foi como se nada tivesse acontecido. Não precisei de fisioterapia. Nunca achei o chileno. Ele sumiu."
Este depoimento é do arranjador e pianista Gilson Peranzzetta, que sofreu um acidente no Forte de Copacabana em 20 de maio de 1965 e, depois de desenganado, voltou a tocar.
Fonte: Jornal O Globo, Segundo Caderno, 15 de junho de 2008, pág 1.
Título da matéria: "Os 18 mil do Forte".
No comments:
Post a Comment