Rumi - Diga: Eu sou Tu (poema sufi)
Sou as partículas de pó à luz do sol,
sou o círculo polar.
Ao pó digo: - Não te movas.
E ao sol: - Segue girando.
Sou a névoa da manhã e a brisa da tarde.
Sou o vento na copa das árvores e as ondas contra o penhasco.
Sou o mastro, o leme, o timoneiro e a quilha
e o recife de coral em que naufragam as embarcações.
Sou a árvore em cujo galho tagarela o papagaio,
sou silêncio e pensamento, e também todas as vozes.
Sou o ar pleno que faz surgir a música da flauta,
a centelha da pedra, o brilho do metal.
Sou a vela acesa e a mariposa girando louca ao seu redor.
Sou a rosa e o rouxinol perdido em sua fragrância.
Sou todas as ordens de seres, a galáxia girante,
A inteligência imutável, O ímpeto e a deserção.
Sou o que é e o que não é.
Tu, que conheces Jelaluddin.
Tu, o Um em tudo, diz quem sou.
Diga: Eu sou Tu.
http://www.woolger.com.br/textos_poemas.htm
http://www.youtube.com/watch?v=QqVBGv2hpQ4
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As rodas giram suaves e aos relógios coube pontuar, inconsequentes, o que nos assemelha e escapa; o que nos guia e nos desnorteia: 23:59 e depois 00:02. E depois e depois é agora! Hoje é dia 08 de maio de 2009, salve ele, ainda tenro e cálido; os relógios me permitiram, como se assim o fosse, dizer com alegria e propriedade, parabéns, querida amiga de quase toda uma vida sem relógios, e de tantas outras. "Sou a rosa e o rouxinol perdido em sua fragrância.". Que assim perdure este dia.
Ah, esses relógios! Não sei porque o blogger registrou outro dia e outra hora. Ainda bem que não são esses os que usamos. A exceção não confirma a regra e o post não me desmente. Salve dia 08 de maio de 2009!
1 comment:
Querida,
Amizade de uma existência sem relógios e caminhos sem distâncias. Estou feliz pois mais uma vez posso agradecer, dentre tantas coisas, os amigos especiais.
Obrigada,
BJ
Léa
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