Monday 11 June 2012

Agência de Desenvolvimento Nosso Lugar - agencia.nossolugar@gmail.com



Missão

A Agência de Desenvolvimento Nosso Lugar é uma associação civil sem fins lucrativos, apartidária e interrieligiosa, que tem como missão buscar soluções para o desenvolvimento local, valorizando a participação social, os vínculos comunitários e as potencialidades dos territórios de atuação.  A organização vai atuar no bairro de Irajá e adjacências.

Visão

Até 2017, ser instituição referência de desenvolvimento local e mobilização comunitária em Irajá.




Agência de Desenvolvimento Nosso Lugar

Levi Gonçalves - (21) 9138-9338/ 7306-3668



Ana Paula Santos - (21) 9161-8967

Monday 1 August 2011

Rio de Janeiro

Rio visto das Cagarras, foto de Isabella Lychowski, inverno, 28/07/2011

Trechos de amantes do Rio de Janeiro coletados por aí

"Não sei se fico até morrer, mas transbordo de amor por ter vindo."
Thaís Gulin, Revista O Globo, 31/07/2011, pág 30

"É essa sensação louca de viver numa cidade onde você realmente não tem necessidade de pensar em nenhum outro lugar do mundo enquanto esta vivendo ou morrendo nela."
Felipe Hirsch, Segundo Caderno, O Globo, 01/08/2011, pág 2
  "No Pão de Açúcar
  De cada dia
  Dai-nos, Senhor
  A poesia de cada dia"
  Oswald de Andrade

Saturday 25 June 2011

Texas Blue, um peixe e eu

Texas Blue, foto de Isabella LychowskiQuando me percebi diante de Texas Blue, um curioso peixe oriundo do México que silenciosa e vagarosamente veio ter comigo diante de seu aquário úmido, tive uma espécie de encantamento consciente.

Havia dias eu vinha pensando no que poderia ser a síntese de "Poesia", de Lee Chang-dong, um filme que eu havia visto uns dias atrás e que havia ficado, em partes.

Decerto que a mulher protagonista, que como Texas Blue vivia sua vida sem extravasar-lhe sequer um átimo na franca prática do Caminho do Meio, ou Tao [e em tempos pós-Google não posso nem mesmo precisar até que ponto são sinônimos], decerto que ela apreciaria o modo como eu olhava e via Texas Blue naquele momento.

Fiquei mais uma vez contente com a poesia que há nas coisas. A grande questão está em vê-la e decididamente cercá-la de sujeito a cada dia, a cada passo. Essa consciência premente de que tudo está vivo, de que tudo é, enquanto nós assim o percebemos, isso é que nos leva a essa delicada epifania.

"Eu sou o outro". Não há cor, som, suor ou afobação na frase. Tampouco no parque. O silêncio é que prevalece por entre algumas vozes agitadas [o aquário de Texas Blue está encrustado em uma caverna aberta à visitação do público], o barulho de passos, o canto de pássaros diversos, o farfalhar de árvores e da tarde caindo mais depressa porque é inverno.

Mais adiante, os dias passando em seu ritmo próprio, cai-me às mãos uma ilustração de Jiro Taniguchi, que desconhecia. Nela, "O homem que caminha" está sentado em uma árvore. Nela, reencontro a mulher do filme e a mim mesma, já os sou também.

Não é uma grande revelação, porém é incomensurável. [Risos. Essa figura de linguagem pertence a outro fillme, com dos lls.]

No mais, o café que nos engoliu na Rua J. J. tem uma maçã no nome, o Pequeno Príncipe voltará à galáxia dentro em breve, a comunicação com o homem do futuro permanecerá incógnita e eu me lembrarei de alguns passos que dei pelo caminho do meio.