Friday 22 May 2009

As ordens do amor

Álbum de família, Berlim Álbum de família, Berlim

Álbum de família, Chorinchen Álbum de família, Chorinchen

Se algo te assombra, encobre ou reveste, nem que seja com um palito de fósforo, acenda uma luz e um mundo completamente novo e supreendente vai se apresentar. Nada que estava escondido ou obscuro vai se atrever a perdurar. Nada ousará ser muro, apenas porta. Porta e porta e porta. Por onde passam e passarão gerações de libertos, estes sábios que aprenderam a obedecer às ordens do amor.

O amor nunca, nunca falha. Quietinho, aplacado e até injustiçado ele irrompe, represa mal calculada por engenheiros ignóbeis, avaros, mas principalmente ignorantes de que o amor, este, é sempre vencedor.

Em glória, se manifesta. Cada vez mais forte. Cada vez mais transparente e luminoso, indiferente aos pavões misteriosos, muitos, mas que não sabem voar. Foi exatamente para isso atravessamos todo aquele caminho e para trás deixamos uma ponte que um dia fez fronteira com a Romênia. Foi para isso que um e outro ficaram para trás, perderam e acharam, riram e choraram. Foi para que retomássemos, para que continuássemos, bem mais adiante, talvez ainda um pouco trôpegos, mas decerto que mais urgentes de nós mesmos, mais conscientes e gentis e principalmente mais reverentes, respeitosos e cumpridores das ordens do amor.

Avante seguiremos, com passo firme e calmo. Com o coração exausto e sereno, já sem perguntas e as histórias escritas em pedras. Veio o mar. Veio o mar. E a enxurrada não nos levou. O amor venceu. O amor vence. Obrigada a todos (familiares ou não, os seres compassivos, os seres adoráveis, os seres amáveis). Cada coisa está em seu lugar.

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Bert Hellinger é o "pai" da psicoterapia por ele desenvolvida conhecida como "As Ordens do Amor" ou "Constelações Familiares". Para ele, o amor é o único sentimento básico. Outros sentimentos, como raiva e medo, são secundários, porque derivam da falta de amor.

Não foi por acaso que redescobriu durante o seu trabalho com centenas de sistemas familiares que o reconhecimento do amor que existe no seio das famílias comove as pessoas e muda suas vidas. Porque um amor rompido em gerações anteriores pode causar sofrimentos aos membros posteriores de uma família, o processo de cura exige que os primeiros sejam relembrados.

Enfim, Hellinger é um psicoterapeuta que faz um trabalho inovador, eficaz e bastante interessante. Encontrei um belo texto sobre a sua teoria e prática, talvez um pouco longo para colar aqui. Então aí vai o link, do Portal do Servidor do site do Senado Federal.

2 comments:

Erica Fernandes said...

que texto lindo e inspirador! Vc e suas poéticas!!! Beijos.

bella see said...

:-)